O Cattledove (Subulo Gouazoubira), uma das espécies encontradas na floresta do Atlântico, está sofrendo de caça e outras pressões antropogênicas. Crédito: Pedro HF Peres
Um grupo de pesquisadores brasileiros, pela primeira vez em toda a floresta do Atlântico, estimou a densidade populacional das cinco espécies de veados do bioma. Isso lhes permitiu medir os principais fatores que influenciam o número de veados por quilômetro quadrado (km2) em áreas florestais.
Os resultados sugerem uma forte relação entre baixas densidades de animais e pressões humanas, como caça, predação por cães domésticosdoenças transmitidas por gado e competição com javalis, uma espécie invasiva que consome os mesmos recursos que cervo.
O estudo foi publicado no Jornal de Ecologia Aplicada.
“Os cervos que vivem nas florestas são os mais difíceis de identificar e, portanto, avaliar sua densidade populacional. Essa é uma métrica essencial para conservação E um que apenas conseguimos obter depois de mais de uma década de esforço “, diz Márcio Leite de Oliveira, professor da Universidade de Araraquara (Uniara) e primeiro autor do artigo.
Oliveira realizou parte do estudo durante sua pesquisa de pós -doutorado no Centro de Pesquisa e Conservação de Deer (NUPECCE) da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), em Jaboticabal.
As estimativas são baseadas em amostras coletadas em 31 pontos em 21 unidades de conservação representando a floresta tropical do Atlântico, do nordeste ao sul do Brasil. As fezes de veados estavam localizadas por cães especialmente treinados. Os pesquisadores usaram a análise de DNA fecal para identificar as espécies.
O método de estimativa de densidade desenvolvido pelo grupo e usado anteriormente em outros estudos também inclui estatísticas que levam em consideração a taxa de defecação de cada espécie.
Devido à robustez dos dados, eles foram incluídos como indicadores no Plano Nacional de Ação para a Conservação de Ungulados, uma política pública do Ministério Brasileiro do Meio Ambiente e Mudança Climática (MMA) para esse grupo de animais.
No estudo agora publicado, os pesquisadores também registraram dados ambientais, como tipo de vegetação, altitude e inclinação. Finalmente, foi realizada uma pesquisa em cada native para identificar ameaças humanas, que foram atribuídas um índice de 0, 1 ou 2, com zero representando ausência complete e dois representando alta prevalência.
“Embora a relação direta entre densidade populacional e ameaças de veados fosse esperada, ela nunca havia sido demonstrada de maneira tão robusta quanto agora. O trabalho, portanto, fornece um forte corpo de evidências para apoiar o gerenciamento de áreas protegidas e a conservação das espécies”, explica Oliveira.
A densidade mais baixa encontrada foi de 0,14 indivíduos por km2 Para Roe Deer (Mazama Rufa) no Parque Nacional Araucátrias, no estado de Santa Catarina. O mais alto foi encontrado na Reserva Biológica de Sooretama, no estado de Espírito Santo, com 18,17 veado vermelho (passalites nemorivgo) por km2.
O caso de Crimson Deer foi uma exceção. Nas áreas amostradas, as densidades médias variaram de 1,47 a 3,42 indivíduos por km2.
Influência antropogênica (resultante de atividade humana) teve o maior efeito na densidade dos cervos, superando fatores naturais, como altitude, inclinação e latitude. Além de correlacionar -se com Monitoramento ambiental e taxas de exploração de plantas nos locais estudados, a presença de caçadores, cães domésticos (que podem atacar veados), gado (que pode transmitir doenças) e javalis (que competem por recursos e também podem transmitir doenças) também foram verificados.
Em um caso, no entanto, a presença humana favoreceu os animais: o número de guardas florestais do parque. “A densidade de profissionais que trabalham nas unidades de conservação influenciaram o densidade de veado. Quanto mais guardas florestais, mais cervos poderiam ser detectados em uma área “, diz Oliveira.
Outro estudo do grupo já havia mostrado a importância das áreas protegidas para veados. Naquela época, os pesquisadores apontaram que proteger apenas 2% a mais da floresta tropical do Atlântico traria benefícios para a conservação de pelo menos três espécies de veados.

O pesquisador Márcio Leite de Oliveira coleta excrementos de veados encontrados por seu cachorro treinado, Granada. Crédito: Jorge Alfonso Morales Donoso
“O trabalho agora publicado fornece um parâmetro da situação atual de colovelistas na floresta tropical do Atlântico. O ideally suited seria repetir essas estimativas a cada cinco ou dez anos e ver onde permaneceu a mesma, onde aumentou e onde diminuiu. Dessa maneira, a conservação pode ser guiada por evidências”, conclui o pesquisador.
Além de Barbanti, os supervisores do estudo incluem Fernando de Camargo Passos, coordenador do laboratório de biodiversidade, conservação e ecologia de animais selvagens (LABCEAs) na Universidade Federal de Paraná (UFPR).
Mais informações:
Márcio Leite de Oliveira et al, menor densidade populacional ungulada em florestas tropicais sob influências antropogênicas, Jornal de Ecologia Aplicada (2025). Doi: 10.1111/1365-2664.14858
Citação: Ameaças humanas superam fatores naturais na formação de populações de veados na floresta tropical do Atlântico (2025, 24 de abril) recuperado em 24 de abril de 2025 em https://phys.org/information/2025-04-human-theats- ough-natural-factors.html
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